Oi amores… Como estamos?
Espero que estejam bem e prontos para aprender um pouquinho sobre a tal da ansiedade. Uma emoção, vista por muitos como monstrinha, mas como veremos, ela só é sapequinha e super do bem!
Pois bem, se você está lendo estas palavras, é porque de algum modo se sente ansioso(a) e tudo bem, saiba que não está sozinho(a). A ansiedade é uma companheira constante para muitos de nós, e é importante reconhecer que não há vergonha em sentir-se assim. Como psicóloga, estou aqui para oferecer apoio e compreensão.
Mas primeiro de tudo, precisamos entender que a ansiedade não é uma vilã. É uma emoção, que tem como “objetivo” nos proteger. Ela é, na verdade, uma resposta natural do nosso organismo, emitida pelo nosso cérebro, quando ele visualiza uma possível ameaça (a nossa integridade física ou moral, por exemplo) e envia sinais para nosso corpo se defender. Esse conjunto de sinais (que podem ser físicos, emocionais e/ou comportamentais), nessas circunstâncias (de possível perigo) é o que chamamos de ansiedade.
A ansiedade é irmã do medo, pois ambas “disparam” o mesmo conjunto de sintomas. A diferença é que o medo se apresenta diante de uma situação real, enquanto a ansiedade se manifesta pela iminência do perigo.
Por exemplo, quem me conhece sabe que eu tenho medo de cachorro (não me julguem, por favor). Então, sempre que eu vejo um cachorro, meu coração acelera, meu primeiro impulso é correr, fico trêmula… Essa é uma resposta de medo. Agora, quando eu sei que vou a algum lugar que pode ter cachorro, eu evito ir, e só de pensar em ir, meu corpo já começa a emitir aqueles sinais. E essa é uma resposta de ansiedade.
Entendido o que ansiedade e a diferença dela para o medo? Agora vamos falar sobre seus sintomas, ou como prefiro falar, respostas.
Respostas físicas: O Corpo Fala
Nossos corpos têm uma maneira peculiar de nos alertar quando algo não está certo e cada indivíduo pode responder de uma forma, mas de modo geral, os principais sintomas físicos da ansiedade são:
• Coração Acelerado: O ritmo cardíaco dispara, como se estivéssemos correndo uma maratona emocional.
• Falta de Ar: O ar parece rarefeito, como se estivéssemos subindo uma montanha imaginária.
• Sudorese: As mãos ficam úmidas, e o corpo parece estar em alerta máximo.
• Tremores: Nossas mãos ou pernas traem nossa inquietação interior.
• Tontura: O mundo gira, e nossos pensamentos também.
• Náusea: O estômago se revolta, como se estivéssemos prestes a enfrentar um desafio colossal.
• Fadiga: A ansiedade consome nossa energia, como um motor funcionando em excesso.
• Insônia: As noites se tornam longas, e os pensamentos não dão trégua.
• Dores Musculares: O corpo carrega o peso das preocupações.
Respostas psicológicas: A Tempestade Interna
Nossa mente é tomada por um turbilhão de pensamentos e emoções, como:
• Preocupação Excessiva: O futuro parece incerto, e nossos pensamentos giram em círculos.
• Pensamentos Catastróficos: Imaginamos o pior cenário possível, como roteiristas de tragédias.
• Pensamentos acelerados: Um turbilhão de pensamentos simultâneos se passam pela nossa cabeça, como se ela fosse uma grande avenida movimentada, de uma grande metrópole.
• Medo do Futuro: O desconhecido nos assusta, e a incerteza nos paralisa.
• Irritabilidade: Pequenas coisas nos tiram do sério, como se estivéssemos pisando em ovos emocionais.
• Dificuldade de Concentração: A mente vagueia, e as tarefas se tornam labirintos.
• Inquietação: O corpo quer fugir, mas não sabe para onde.
• Sensação de Irrealidade: O mundo parece um sonho confuso, e nós somos os protagonistas perdidos.
Respostas comportamentais: Alimentando a ansiedade
Muitas vezes tentamos enfrentar a ansiedade, mas na verdade, tudo o que fazemos é fortalece-la.
• Esquiva: Evitamos ao máximo nos expor a situações que possam gerar ansiedade.
• Fuga: Fugimos de situações em que nossa ansiedade é manifestada.
Você deve estar se perguntando a diferença entre a fuga e a esquiva e como isso pode alimentar a ansiedade, certo?
Pois bem, a esquiva é um comportamento de evitação. Ou seja, uma pessoa que tem ansiedade social evita qualquer possibilidade de se expor. Por exemplo, se convidada a apresentar um trabalho para um grupo de pessoas, ela nega.
Por outro lado, a fuga é o comportamento de fugir. Digamos que a pessoa do exemplo acima tem dificuldade de dizer “não” e aceitou o convite, mas quando chegou a hora da apresentação ela simplesmente vai embora.
Tá, mas como isso alimenta a ansiedade?
É simples… Quando evitamos ou fugimos desse tipo de situação, o sentimento é de alívio. Entretanto, o alívio é momentâneo, o problema persiste e ao longo do tempo vamos ficando cada vez mais sensíveis e ampliando o leque de situações que nos deixa ansiosos.
Até aqui alguma dúvida? Deixa nos comentários.
Causas: Desvendando os Fios da Ansiedade
A ansiedade não surge do nada. Muitas vezes pergunto a meus pacientes a origem de sua ansiedade e a primeira resposta é: ela surgiu do nada (até eu dou dessas as vezes), mas a verdade é que ela é tecida por vários fios:
• Predisposição Genética: Sim… Alguns de nós nascem com um sistema nervoso mais sensível. Pessoas ansiosas, quando se percebem ansiosas costumam olhar para pais, tios e avós e reconhecerem os mesmos sintomas e comportamentos.
• Estresse: A vida moderna nos bombardeia com desafios constantes e esses desafios acabam fortalecendo essa nossa necessidade de nos prevenirmos, e aí nossa amiguinha ansiedade entra em ação.
• Traumas: Todos nós temos cicatrizes emocionais que nos acompanham, e a menor possibilidade de revivê-las já dispara o alarme.
• Aprendizagem: Sim… lembram que falamos da influência genética, ela não é a única coisa que “herdamos”. A forma de lidar com as questões da vida, como lutar, fugir, os pensamentos catastróficos, as preocupações excessivas… tudo isso também é aprendido, e na maioria das vezes, com nossos pais e avós. Além disso, nossas próprias vivências nos molda a isso.
• Estilo de Vida: A forma como cuidamos de nós mesmos e enfrentamos as adversidades reflete na nossa ansiedade. E pode fortalecê-la ou enfraquecê-la.
Já deu para perceber que a ansiedade é um sistema de segurança do nosso corpo? Deu, né?
Mas para algumas pessoas, mais precisamente 8% da população, esse sistema está desregulado. E essa emoção que deveria aparecer pontualmente, em situações de possível perigo acaba sendo frequente e intensa, causando prejuízos em diversas esferas da vida da vida, como se fosse um alarme, que nunca para de tocar. Aí entra o que chamamos de TRANSTORNO DE ANSIEDADE.
Dentro dos transtornos de ansiedade, existem diversos tipos, que são classificados de acordo com objeto/situação ansiógena ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva associada. Mas isso é assunto para outro texto.
Mas independente de ter um Transtorno de Ansiedade ou apenas problemas pontuais decorrentes da dificuldade em lidar com estresse do dia-a-dia, a terapia pode te ajudar.
Então, se você está pronto(a) para explorar esses fios e desatar os nós da ansiedade, estou aqui para ajudar. Juntos, podemos criar um caminho de autocuidado e compreensão.
Clique aqui e agende sua sessão online agora mesmo. Não se esqueça de seguir as nossas redes sociais (@rebecaportopsic).
Com carinho, Rebeca Porto, Psicóloga (03/16902)